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Talvez Raduan Nassar tenha desejado nos colocar diante de uma verdade brutal: a de que, no mundo de hoje, o escritor (ou sua assinatura) vale mais do que aquilo que ele escreve. Fala-se num inédito de Raduan, ou de Rosa, ou de Joyce, como se estivéssemos falando num novo modelo de freezer, ou de microcomputador. Fala-se, mas não se lê. Ou pouco se lê. A obra se torna quase dispensável, de tal modo desaparece sob a grife cintilante, que toma seu lugar e a substitui. É mais importante ter um Rosa autografado do que ler Rosa. Nesse momento, a literatura ficou para trás, perdeu toda a importância
(Roubado do
Gorgomilhos e Perdigotos)